Prorrogado Consulta Pública da Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial
MCTIC Prorroga consulta de estratégia nacional de IA
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) prorrogou, até às 18h do dia 02 de março de 2020, a consulta pública da Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial. A consulta pode ser conferida na plataforma Participa.br (http://participa.br/profile/estrategia-brasileira-de-inteligencia-artificial).
O documento-base propõe seis eixos verticais:
- Educação e capacitação;
- Força de trabalho;
- Pesquisa, desenvolvimento, inovação e empreendedorismo;
- Aplicação pelo governo;
- Aplicação nos setores produtivos;
- e Segurança pública
e três eixos transversais:
- Legislação, regulação e uso ético;
- Aspectos internacionais;
- Governança de IA
Nos anos 2000, a Inteligência Artificial (IA) passou a ser objeto de interesse não apenas nos meios científicos, mas também em veículos de grande circulação destinados ao público em geral. O debate acerca das potencialidades das tecnologias de Inteligência Artificial, cujo desenvolvimento encontra-se em curso há aproximadamente cinco décadas, tem assumido importância no Brasil e em vários países do mundo, suscitando discussões técnicas e jurídicas acerca de seu uso, suas potenciais aplicações e sua interação com o ser humano nos processos de tomada de decisão.
É possível destacar pelo menos duas grandes características do estado atual de desenvolvimento tecnológico:
a) em primeiro lugar, o grande aumento no poder computacional e no acesso a dados de treinamento conduziu a avanços práticos na aprendizagem de máquina (Machine Learning – ML), que permitiram sucessos recentes em uma variedade de domínios aplicados, tais como o diagnóstico de câncer na área médica, a automação dos veículos e os jogos inteligentes;
b) em segundo lugar, tais avanços chamaram a atenção de formuladores de políticas públicas e de empresas, provocando uma verdadeira corrida pela liderança mundial em IA e, simultaneamente, a discussão acerca da necessidade de regulação ou de políticas públicas em campos tão diversos como o trabalho, a educação, a tributação, PD&I e ética. Assim, os principais pontos de questionamento dizem respeito aos limites da aplicação da Inteligência Artificial, às implicações de seu uso em diferentes domínios econômicos e à necessidade de conjugar a tecnologia com o julgamento humano.