SEPIN propõe uma relação de parceria com entidades de TI
Um acordo para colocar TIC como uma das prioridades na estratégia nacional de desenvolvimento do Brasil. Essa foi a proposta apresentada pelo secretário de Política de Informática do MCTIC, Maximiliano Martinhão, na sua primeira participação oficial num evento setorial para as empresas de TI. O executivo, que participou da solenidade de abertura do Rio Info 2016, evento que acontece esta semana no Rio de Janeiro, propôs uma relação de parceria. “Não tenho a ambição de saber tudo. Mas posso dizer que as agendas isoladas de TI e Comunicações não existem mais”, pontuou Martinhão.
O secretário da SEPIN garantiu ainda que os principais programas do antigo MCTI, como o Startup Brasil e o Brasil Mais TI, voltado para a formação profissional vão continuar no novo ministério. “Queremos atuar para minimizar o déficit de mão de obra qualificada no setor”, prometeu. O discurso do secretário da SEPIN foi ao encontro do defendido pelo coordenador do Rio Info e presidente do TI Rio, Benito Paret, propôs um pacto entre o setor de TI e o governo – federal, estadual e municipal – para a elaboração de um programa de Fomento para garantir recursos efetivos para sustentar o mercado de TIC no Brasil.
“Infelizmente os planos existentes foram revogados ou não deram o resultado esperado”, frisou. Paret lembrou que nos últimos 12 meses, o Rio de Janeiro suprimiu dois mil postos de trabalho, o que representa 4% do total de profissionais empregados. A solenidade do Rio Info também serviu para que as entidades setoriais de TI se posicionassem oficialmente a favor da extinção do ministério das Comunicações e a incorporação das funções pelo ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que fez surgir o MCTIC.
Coube ao presidente da Softex, Rubén Delgado, em nome das entidades de TI, entre elas, Assespro, Fenainfo e ABES, ressaltar que a fusão ministerial – contestada pela área da Ciência- poderá dar ao segmento de TIC um lugar de prioridade na política nacional. “Acreditamos que a fusão vai trazer a área de TIC para uma posição estratégica no governo. Não é mais possível separar TI de Comunicações”, afirmou.
O presidente da Assespro Nacional, Jeovani Salomão, acrescentou que a nova economia – baseada no compartilhamento e nas novas tecnologias como cloud e internet das coisas – tem TIC como pilar. “Não é possível pensar nova economia sem TIC. O Brasil não pode deixar passar essa oportunidade”, completou. Martinhão também falou que planeja acelarar a fiscalização do uso de recursos da Lei de Informática em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento. “Me surpreende ter um legado tão grande nessa área, mas estamos trabalhando para resolver o quanto antes”.
Fonte: Convergência Digital